Na terra de marcas lendárias de automóveis como Fiat, Ferrari e Lamborghini, pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial foram vendidas mais bicicletas que automóveis. Em 2011, foram vendidas 1.750.000 bicicletas contra 1.748.000 veículos motorizados. Esse volume de vendas de carros não era visto no país desde os anos 70.

Na década de 60, a posse de um automóvel simbolizava o milagre econômico italiano e o fenômeno continuou crescendo. Tanto que o país tem um dos índices mais altos de posse de veículos no mundo, cerca de 60 carros para cada 100 pessoas.

Com a redução do poder aquisitivo da população por causa de crise econômica européia e o aumento no custo do petróleo, as famílias passaram a reavaliar suas maneiras de se deslocar. Em uma importante mudança de comportamento, estão se desfazendo do segundo carro, organizando esquemas de caronas e comprando bicicletas, ou restaurando as antigas que estavam em seus sótãos e porões.

Com esse movimento, os italianos acabaram desenvolvendo uma nova admiração pelas bicicletas, apreciando o fato de elas serem convenientes e de não poluírem o ambiente. Eles reconhecem que a bicicleta é fácil de usar e que muitas vezes se mostra mais rápida para deslocamentos urbanos que os próprios automóveis. O presidente da Federação Italiana dos Amantes de Bicicletas <3, Antonio Della Venezia, afirma que as pessoas que dirigiam apenas carros estão mudando a sua forma de pensar e que o país não deverá voltar a ver os níveis de compra de automóveis anteriores a 2008.

Crises econômicas nunca vêm bem, mas quando as soluções encontradas para dar uma volta no aspecto financeiro acabam melhorando a qualidade de vida das pessoas, temos algo a comemorar. 







Texto com informações de Business Insider.


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